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Retrato de uma pessoa idosa

Pensão por Morte no INSS:
Um Guia Completo

Perder um ente querido é uma das situações mais dolorosas que podemos enfrentar. Além do abalo emocional, muitas famílias se preocupam com a manutenção financeira após a perda, especialmente se o falecido era o principal provedor. Nesses momentos difíceis, a pensão por morte do INSS surge como um amparo importante – um benefício mensal pago aos dependentes de quem faleceu, para ajudar a substituir a renda que sustentava a família. Este guia foi elaborado pensando em você, que deseja entender de forma simples quais familiares têm direito a essa pensão e como funciona cada caso.

Quem São os Dependentes?

Abordaremos os dependentes em ordem de frequência (dos mais comuns aos mais raros), explicando cada situação de maneira acessível. Lembre-se de que cada caso tem particularidades; por isso, ao final do texto indicamos a importância de consultar um especialista para dúvidas específicas e assegurar todos os seus direitos.

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Cônjuge: Direitos Básicos

É essencial que o casamento existisse oficialmente no momento do falecimento. Se vocês estavam casados no civil, o direito à pensão é garantido ao cônjuge sobrevivente, independentemente de estarem vivendo juntos ou temporariamente separados (desde que não divorciados oficialmente).

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Amor na primavera

Ex-Cônjuge e Pensão Alimentícia

Divórcio
Caso você já fosse divorciado(a) ou separado judicialmente do falecido, em regra não teria direito à pensão.

Exceção
Ex-cônjuges que recebiam pensão alimentícia do falecido podem ter direito.

Equiparação

O INSS equipara a pensão por morte à pensão alimentícia que o ex recebia em vida.

Se havia pensão alimentícia fixada judicialmente, o ex-cônjuge continuará a receber um valor equivalente (limitado ao que recebia de alimentos) como pensão por morte. Vale destacar que, nesses casos, geralmente o benefício será pago pelo período que restava da obrigação alimentícia estabelecida ou conforme as condições definidas na lei vigente à época do óbito.

Duração do Benefício para Cônjuge

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​Muitos se surpreendem ao saber que a pensão por morte nem sempre será vitalícia para o cônjuge. As regras atuais estabelecem que a duração do pagamento varia conforme a idade do viúvo(a) e o tempo de casamento com o segurado falecido. Se você enviuvou jovem, é provável que receba o benefício por tempo determinado; se enviuvou em idade mais avançada ou depois de um casamento longo, há chance de ser vitalício.

Casal bebendo café

Companheiro ou Companheira (União Estável)

Separe os seguintes documentos básicos para identificar você e seu vínculo com o INSS na hora da solicitação

Mesmos Direitos do Cônjuge
Quem vivia em união estável com o segurado falecido possui os mesmos direitos do cônjuge casado, equiparado também à primeira classe de dependentes.

Reconhecimento Legal
A legislação brasileira reconhece a união estável (inclusive entre casais homoafetivos) e garante proteção previdenciária ao parceiro sobrevivente.

Necessidade de Comprovação
É necessário que a união estável seja comprovada através de documentos e evidências da vida em comum.

Se você era companheiro ou companheira – viviam juntos como uma família, mesmo sem casamento no civil –, pode ter direito à pensão por morte. Uma vez reconhecida a união estável, o companheiro tem os mesmos direitos que um cônjuge casado teria.

Contrato de assinatura

Como Comprovar a União Estável

Reúna todos os documentos médicos que comprovem seu problema de saúde e a necessidade de afastamento. Esta é a parte mais importante para o sucesso do seu pedido

Documentos Conjuntos
Comprovante de residência em comum, contas bancárias conjuntas e declarações de imposto de renda onde um consta como dependente do outro são provas importantes da união estável.

Declaração em Cartório
Declaração de união estável registrada em cartório é uma das provas mais fortes para o INSS, demonstrando a formalização da relação perante a lei.

Provas Testemunhais
Fotos da vida em comum, testemunhas que atestem a convivência e outros documentos que demonstrem a vida compartilhada também são aceitos como evidências complementares.

Sabemos que, nesta hora de luto, reunir documentos pode ser desgastante, mas é um passo necessário para assegurar seu direito. Quanto mais provas você reunir, maiores as chances de ter o benefício concedido sem complicações.

Situações Especiais na União Estável

Se você se encontra em uma situação em que precisa provar a união estável, considere buscar orientação jurídica para preparar a melhor documentação possível e evitar a negativa do benefício. A qualidade das provas apresentadas pode ser decisiva para o reconhecimento do seu direito.

Pais e filhos

Filhos: Direitos Básicos

Agora que você entende seus direitos e reuniu os documentos, vamos ao procedimento de solicitar o auxílio por incapacidade temporária. Atualmente, grande parte do processo é feito online, o que facilita bastante.

Filhos menores de 21 anos
Direito garantido até completar 21 anos

Filhos com deficiência
Direito por tempo indeterminado

Comprovação simples
Basta certidão de nascimento

Os filhos do segurado falecido fazem parte do grupo de dependentes diretos e também têm direito à pensão por morte. Todos os filhos biológicos ou adotivos menores de 21 anos têm direito à pensão, sem necessidade de provar dependência econômica do pai ou mãe falecidos. Se o filho (de qualquer idade) possuía deficiência intelectual, mental ou física grave, ou era declarado inválido/incapaz antes dos 21 anos, ele tem direito a receber a pensão por morte por toda a vida, enquanto durar a invalidez ou deficiência.

Enteados e menores sob guarda

Equiparação aos Filhos

A legislação equipara enteados e menores tutelados aos filhos, desde que comprovada a dependência econômica em relação ao falecido. Isso quer dizer que um enteado (filho do cônjuge/companheiro, fruto de outra relação) ou um menor que o segurado criava sob tutela legal pode receber pensão como se fosse filho.

Provas Necessárias

Para comprovar a dependência econômica, podem ser apresentados:

  • Recibos de pensão alimentícia

  • Comprovantes de despesas pagas pelo falecido

  • Documentos de escolaridade custeada

  • Plano de saúde em que o enteado era dependente

  • Declaração de imposto de renda com o enteado como dependente

Imagine um padrasto que pagava escola e plano de saúde do enteado – é um forte indicativo de dependência, possibilitando ao enteado obter a pensão. A análise será feita caso a caso pelo INSS, considerando as provas apresentadas.

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Duração do Benefício para Filhos

Para filhos que recebem pensão, a regra básica é que o pagamento cessa quando completam 21 anos de idade (salvo se inválido/deficiente). Ou seja, a pensão por morte ao filho não é vitalícia; ela tem um prazo certo até a entrada na vida adulta.

Se o seu filho de 10 anos começa a receber pensão pela morte do pai, esse benefício será pago até ele completar 21 anos. Após isso, o benefício é cortado automaticamente. É importante planejar-se para essa cessação do benefício no futuro.

Importante: se o filho ou filha menor for emancipado (caso tenha se casado ou obtido emancipação legal antes dos 21), ele perde o direito ao benefício, pois a emancipação encerra a dependência legal.

Casal na Galeria

Pais do Segurado: Condições para o Benefício

2ª Classe de Dependentes
Pais estão na segunda classe de dependentes

Dependentes de 1ª Classe
Só têm direito se não houver dependentes prioritários

100% Comprovação Necessária
Dependência econômica deve ser totalmente comprovada

Embora menos comum, os pais do segurado falecido podem, sim, ter direito à pensão por morte. Na prática, isso significa que só terão direito se o falecido não deixou nenhum dependente de primeira classe (cônjuge, companheiro ou filhos).

Se o seu filho ou filha falecido não era casado, não vivia em união estável e não tinha filhos, você, como pai ou mãe, pode pleitear a pensão – desde que prove que dependia economicamente dele.

Comprovação de Dependência Econômica dos Pais

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Diferente de cônjuges e filhos, cuja dependência é presumida, os pais precisam demonstrar com documentos que o falecido contribuía para o sustento deles. Essa prova pode incluir: extratos ou recibos mostrando que o filho falecido ajudava nas despesas da casa, pagava algum valor mensal aos pais, custeava um plano de saúde, morava junto e arcava com as contas, entre outros indícios.

 

É preciso evidenciar que, sem aquela ajuda financeira do filho, os pais não tinham meios suficientes – ou que houve uma perda significativa na renda da família com a morte dele.

Encontro com clientes

Particularidades da
pensão para Pais

Estar afastado pelo INSS traz algumas garantias adicionais, principalmente se você for empregado:

Sem Limite de Idade
Não há um limite de idade estabelecido para os pais receberem a pensão por morte do filho, ao contrário do que ocorre com os filhos.

Perfil Comum
É comum que este tipo de pensão envolva pais idosos ou aposentados que dependiam de um filho adulto que os ajudava financeiramente.

Divisão do Benefício
Se apenas um dos pais era dependente do filho, a pensão será paga somente a esse. Se ambos os pais comprovarem dependência, ambos podem receber (o valor é dividido entre eles).

Reversão de Cotas
Caso um dos pensionistas (pai ou mãe) venha a falecer depois, a cota dele reverte para o outro ascendente pensionista.

Desde que a dependência fique comprovada e não existam dependentes de classe I, o benefício será devido. O valor e forma de pagamento seguem as regras normais da pensão por morte.

Irmãos amorosos

Irmãos do Segurado: Condições Especiais

Terceira Classe de Dependentes
Os irmãos do falecido constituem a terceira classe de dependentes na ordem da lei. Só terão direito se não houver dependentes das classes anteriores.

Critérios de Idade ou Invalidez
O irmão beneficiário deve ser menor de 21 anos (seguindo a mesma regra etária dos filhos) ou ser inválido/deficiente (com deficiência preexistente à morte do segurado).

Comprovação de Dependência
Além de ser menor ou inválido, o irmão deve provar que dependia financeiramente do irmão falecido para viver. Essa prova segue a mesma lógica dos pais.

Por exemplo, um irmão de 15 anos que era criado pelo falecido pode ter direito. Já um irmão adulto e capaz, que não seja inválido, não terá direito (pois a lei entende que irmãos maiores de idade e capazes devem se sustentar, salvo se provarem invalidez ou deficiência).

Como Solicitar a Pensão por Morte: Documentação

​Seu auxílio-doença foi concedido por um período e esse prazo está acabando, mas você ainda não está em condições de voltar ao trabalho? Então é hora de pedir a prorrogação.

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Para todos os casos, são necessários também:

  • Certidão de óbito do segurado

  • Documentos do falecido: CPF, RG

  • Documentação que comprove que ele contribuía para o INSS

  • Comprovantes de endereço do dependente

  • Dados bancários para recebimento

Dica: Organize todos os documentos digitalizados antes de iniciar o processo online.

Pagamento via celular

Passo a Passo para Solicitar o Benefício

Reúna a Documentação
Separe todos os documentos necessários conforme seu tipo de vínculo com o falecido.

Acesse o Meu INSS

Faça login no aplicativo ou site oficial do INSS para dar entrada no pedido.

Faça o Requerimento
Selecione a opção de pensão por morte e anexe os documentos digitalizados.

Acompanhe o Processo
O INSS tem um prazo de 45 dias para analisar o requerimento. Fique atento às notificações.

O INSS disponibiliza o serviço online Meu INSS, acessível via aplicativo ou site oficial. Nele, é possível dar entrada no pedido de pensão por morte sem sair de casa. Em algumas situações, o sistema já possui dados suficientes e concede o benefício de forma automática após a análise.

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Prazos e Pagamentos Retroativos

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A pensão por morte, quando aprovada dentro do prazo correto, será paga retroativamente desde a data do óbito (casos em que o requerimento foi feito até 90 dias após o falecimento). Atenção: se o pedido for feito depois desses 90 dias, o INSS paga retroativo apenas desde a data do requerimento, o que pode significar perda de alguns meses de pagamento. Por isso, não demore para solicitar.

O Que Fazer Se o Pedido For Negado

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Recurso Administrativo

Há a opção de recurso administrativo dentro do próprio INSS, no prazo de 30 dias após a negativa. Esse recurso será julgado pela Junta de Recursos da Previdência.

Ação Judicial

Alternativamente, você pode ingressar com uma ação judicial para reivindicar a pensão. Este caminho geralmente é mais demorado, mas pode ser mais efetivo em casos complexos.

Auxílio Profissional

Em ambos os casos, é altamente recomendável contar com um advogado previdenciário, pois ele saberá preparar os documentos e argumentos necessários para reverter a decisão desfavorável.

Infelizmente, nem todos os pedidos saem como esperamos. Se o INSS negar (indeferir) seu requerimento e você acredita que tem direito, é possível recorrer. Há casos reais de viúvas e outros dependentes que esperaram anos devido a problemas na solicitação inicial – por exemplo, uma viúva teve o benefício negado três vezes e só conseguiu receber após 2 anos de luta.

Conte com Ajuda Especializada

Perceba que a legislação previdenciária busca amparar quem realmente dependia do segurado falecido, mas impõe regras e condições específicas em cada caso.

 

Cada família tem suas particularidades – pode haver documentos faltantes, dúvidas sobre comprovação de união estável, cálculos de duração do benefício conforme idade do dependente, entre outros detalhes. Nessas horas, contar com a orientação de um advogado previdenciário de confiança faz toda a diferença.

 

Não hesite em buscar ajuda profissional – isso traz segurança jurídica e tranquilidade num momento em que você mais precisa de apoio.

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